Há algum tempo Hollywood tenta ao máximo espremer franquias clássicas, para que elas liberem mais filmes épicos. Só que na maioria das vezes isso não acontece, e esses longas acabam se tornando produções inúteis. Infelizmente, esse é o caso de Frankenstein: Entre Anjos e Demônios.

O filme entra na grande lista de filmes genéricos, ao lado de João e Maria: Caçadores de Bruxas, Branca de Neve e o Caçador, Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros e tantos outros. Mas diferente dos poucos que conseguiram sucesso, a produção inspirada no conto de Mary Shelley acaba decepcionando muito.
A trama conta a história do monstro do Dr. Frankenstein, que após ter sido descartado por seu criador, acaba sobrevivendo até os dias atuais; desta maneira, ele conseguiu envelhecer e ficar mais esperto. Demônios começam perseguir o monstro, que agora é chamado de Adam, até que ele se junta aos gárgulas para destruir os enviados do inferno.
A perseguição pelo monstro é justificada ao decorrer do longa-metragem, os demônios querem aprender uma forma de deixar o corpo humano imortal, assim como Dr. Frankenstein fez.
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A produção destrói o livro de Mary Shelley, e o transforma em mais um dos filmes esquecidos pelo cinema. O lado bom, é que o filme é tão intragável, que não pode nem ser considerado baseado na obra da autora, ele só pegou o nome emprestado.
Não li “I, Frankenstein”, a HQ em que o filme foi baseado, então não há como julgar se o longa é fiel a publicação.
O jogo de câmera e as cenas de ação foram todas emprestadas dos filmes citados acima, com tons sombrios e lutas em câmera lenta. Tudo o mais genérico possível.
Aaron Eckhart interpreta Adam, essa pode ser considerada uma de suas piores atuações em muito tempo. Yvonne Strahovski vive a personagem Terra Wade, e Bill Nighy praticamente reprisa seu papel de Anjos da Noite, só que agora como o demônio Naberius.
O triste é saber que o verdadeiro problema da atuação não é dos atores, e sim da direção forçada de Stuart Beattie, que pega pesado com toda a caracterização do filme.
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Nem tudo no filme é ruim, apesar de ser um produção super clichê, o longa-metragem é divertido. As cenas de ação empolgam e por alguns segundo, deixam os espectadores presos na cadeira.
Infelizmente todos os problemas não são relevados pela diversão, Frankenstein: Entre Anjos e Demônios poderia ter levado um fim diferente, mas seu fim foi exatamente o esperado.