
O tsunami de 2011 no Japão causou muitos estragos e, o maior deles,
talvez tenha sido o acidente com a usina nuclear de Fukushima. Apesar de
tudo o que aconteceu, o país ainda depende muito da energia nuclear
para sobreviver, mas está tentando encontrar alternativas de geração de
eletricidade mais seguras.
A Agência Japonesa de Recursos Naturais e Energia planeja construir a
maior fazenda eólica marinha do planeta até 2020, localizada próximo às
instalações da usina de Fukushima. O parque eólico deverá ter 143
turbinas presas em plataformas flutuantes e ancoradas no fundo do mar. A
intenção é gerar até 1 gigawatt de energia.
Construir usinas eólicas no mar parece ser um problema,
principalmente em uma região suscetível a tsunamis. De acordo com o
líder do projeto, Takeshi Ishihara, da Universidade de Tóquio, “todas as
condições extremas foram levadas em consideração na elaboração do
projeto”. Contudo, mesmo que um acidente venha a atingir o parque
eólico, o máximo que pode acontecer é a falta de energia e não uma
catástrofe nuclear.
Radiação ainda afeta a região
Mesmo depois de quase dois anos após o acidente, a região ainda
enfrenta sérios problemas com a contaminação por radiação. Um relatório
divulgado pela TEPCO (Tokyo Electric Power Co – responsável pela usina
de Fukushima) revelou que os peixes da região estão com um nível de
radiação cerca de 2.500 vezes maior que o limite permitido.
O Japão pretende se tornar independente energeticamente até 2040.
Hoje, cerca de 80% da energia elétrica consumida no país é importada, e a
maior parte da eletricidade produzida no Japão é proveniente de usinas
nucleares. A construção desse parque eólico é um grande passo na direção
de se resolver esses dois problemas.
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