Por anos, o Windows foi alvo de inúmeras ameaças, entre as quais estão o “ransonware”, que “sequestra” os dados do usuário e só libera mediante pagamento ("ransom" significa "resgate" em inglês). Agora, o mesmo tipo de ameaça já é encontrada no Android, conforme mostra um relatório da empresa de segurança BitDefender.

A praga impede que o usuário acesse a tela inicial, basicamente inviabilizando o uso do celular, já que os apps acabam se tornando impossíveis de ser abertos. Em alguns casos, a “multa” é o único jeito de restaurar o aparelho. O pagamento é feito por mecanismos não rastreáveis, evitando a identificação do cibercriminoso.
Basicamente, o principal componente da ameaça é a página em um navegador que fica sobre todos os outros aplicativos. Se você apertar o botão Home, é possível ir para a tela inicial, mas em 5 segundos a janela reabre. “Eu consegui desinstalar manualmente indo rapidamente para a área de aplicativos e arrastando para a desinstalação, mas isso só funciona se o ícone estiver na primeira coluna. Caso contrário, não há tempo suficiente para arrastá-lo para cima para desinstalá-lo”, diz Bogdan Botezatu, analista da Bitdefender.
O aplicativo malicioso é baixado automaticamente quando o usuário acessa alguns sites pornôs por um celular Android. O site diz que o pacote inclui um reprodutor de vídeo para acesso premium. No entanto, ele ainda depende da inocência do usuário, que precisa ativar a permissão para instalação de apps externos ao Google Play e manualmente instalá-lo em seu celular.
Segundo o Ars Technica, nas últimas seis horas foram pelo menos 68 vítimas infectadas, a maioria deles nos Emirados Árabes.
A ameaça é um lembrete de como o Android está cada vez mais se aproximando do Windows em termos de ameaças, principalmente pela popularidade. Segundo a Symantec, a prática do ransomware extorque US$ 5 milhões por ano de usuários nos PCs e, recentemente, começaram a usar criptografia forte nos arquivos bloqueados para forçar o pagamento do “resgate”.
Fonte:Olhar Digital
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