A pós muitos anos, a desenvolvedora Riot pretende reimaginar a história de seu popular MOBA League of Legends. O motivo? Simples: depois de tantas reviravoltas, novas regras e a adição de mais elementos, ao que parece a narrativa se tornou fora de controle e, portanto, a empresa decidiu recomeçar tudo do zero.
Reboots nem sempre são vistos com bons olhos pelos fãs, mas parece ser uma tendência no mercado de jogos e filmes. Para deixar as coisas bem claras, a Riot fez um anúncio oficial em seu blog e explicou os verdadeiros motivos por trás da repaginação do título.
Do jeito que está, não dá mais!
“Em alguns casos – por exemplo, na atualização de um champion –, o conceito original é muito belo (ou até mesmo eternamente incrível!) e tudo o que nós temos que fazer é levar as coisas para um patamar mais moderno”, explicou Tommy Knox, um dos responsáveis pela trama de League of Legends.
“Entretanto, algumas vezes quando olhamos para trás e revemos algumas decisões que faziam perfeito sentido na época, agora elas estão muito estranhas e não condizem com nossos valores de design.”
“Portanto, isso acaba limitando nossas habilidades em continuar melhorando o League of Legends. Isso e inaceitável e em situações como essas, nós optamos por reimaginar agressivamente o conteúdo de modo que ele possa liberar seu verdadeiro potencial.”
“Depois de algum tempo, nossas primeiras decisões em League of Legends passaram a criar problemas inesperados”, ele adicionou. “Todo novo personagem precisava de uma razão para se juntar e permanecer no League e, conforme a quantidade aumentou, com o decorrer do tempo o mundo se tornou pequeno e eventualmente menos interessante.”
“As instituições que nós criamos promoviam estagnações criativas, limitando assim as maneiras como o champion, as facções e a própria Runeterra (mundo em que se passa o jogo) poderiam crescer e mudar. Além disso, a ideia de Summoners ‘todos poderosos’ fez com que os personagens se tornassem pouco mais do que marionetes manipuladas por poderes divinos.”
“O background que nós criamos para explicar as ações no game estava restringindo o potencial de desenvolvimento narrativo dos personagens”, informou Knox.
Não precisa se preocupar
Embora o game esteja passando por um processo de reformulação, esse não é um caso em que os produtores vão tacar fogo em tudo e acabar com o jogo. Muitos dos elementos principais vão permanecer intactos, enquanto outros serão reformulados para contar uma nova história e potencialmente mais interessante – algo que vai além da mecânica-base do título.
Provavelmente, a Riot está fazendo algo semelhante ao que foi realizado pela Crystal Dynamics com o reboot de Tomb Raider ou o que fez Ronald D. Moore ao reimaginar o mundo de Battlestar Galactica.
“A história tem o potencial de afetar cada elemento de League of Legends, logo a decisão de se aventurar em um novo território narrativo não foi feita rapidamente ou por capricho”, salientou Knox. “A necessidade de mudança só se tornou aparente com o passar do tempo, e a decisão foi tomada após muita ponderação”.
“Fora isso, nós queremos que você saiba que essa nova abordagem é focada em abrir possibilidades e criar um mundo maior e mais desenvolvido – o importante não é destruir histórias antigas que formam uma parte importante da história de League.”
“Em um nível bem genérico, nós decidimos aprimorar a trama de League para ir além do foco original de apenas explicar as ações tomadas no jogo, visando assim pavimentar um novo percurso narrativo para a Runeterra”, informou Knox. “Um dos princípios que adoraríamos discutir mais é o nosso foco em assegurar que a identidade do personagem permaneça consistente, independentemente de onde você o encontra”.
“Por exemplo, Darius deve ser sempre o mesmo, não importa que ele esteja administrando um machado em uma parte do jogo ou em uma cinemática. Explorar a história e as motivações de um champion além do que você vê no game não significa que repentinamente ele se transforme em um personagem diferente. Na verdade, isso cria um vasto leque de opções que permite aprimorar a personalidade e aprofundar as conexões do jogo”, concluiu.
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